Reflexão de uma nova autora

Amigos,

A Carmelita é uma grande e querida amiga que me mandou o email abaixo sobre o seu livro NUNCA MAIS !

Vamos ajuda-la a divulgar e realizar mais este pedacinho do sonho de ser escritora num país complicado como o nosso !

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Hoje, revendo a realização de um grande desejo – editar meu livro – penso que talvez tenha nascido no país errado. Não apenas eu, mas todos aqueles que sonham em se aventurar no mundo das letras. Esses não poderiam morar em um país onde a grande maioria da população é formada por analfabetos literários. Ou seria o contrário? Talvez, por isso mesmo, é que aqueles que pensam em melhorar a cultura de nosso povo devam insistir bravamente na árdua tarefa de criar literatura. Seria mesmo esse o caso?

Para se tornar um escritor será necessário ler muito, ler de tudo um pouco. E, ler foi sempre minha maior paixão. Com 10 anos de idade li o velho testamento; achei as histórias bíblicas fascinantes. Daí não parei mais. Histórias passaram a ser quase um vício, às vezes, uma fuga. Quando não gostava de uma história eu a reescrevia. Era um ótimo exercício. Esse  processo de criar personagens, dar a eles características físicas e psicológicas e deixá-los caminhar pela história, construindo seus próprios destinos, era algo que mexia com minha imaginação. Sempre achei fascinantes os escritores que tinham a coragem de transbordar, expor seus pensamentos, compartilhar conhecimentos, experiências e sentimentos. Desde muito cedo tentava imitá-los e com o passar do tempo, escrever para mim, passou a ser uma coisa natural.

Quando terminei meu segundo livro, “Nunca Mais”, e decidi que este eu queria editar, não fazia ideia de como era difícil publicar no Brasil.  Mandava o livro para as editoras e elas demoravam meses para retornarem com uma breve cartinha, dizendo que o livro era muito bom, mas que eles não investiam em novos autores e, iam mais além, diziam que só estavam investindo em autores estrangeiros, em best-sellers. Ou seja, só investem em cartas marcadas. Isso quer dizer que funciona de modo semelhante ao primeiro emprego: as empresas só contratam quem tem experiência e, com isso, os novatos não têm a menor chance. As editoras só publicam os consagrados. Assim, os neófitos jamais deixarão de ser neófitos. Como fator complicante, há o triste fato de os brasileiros lerem pouco. Aliás, quase nada! Nosso índice é vergonhoso, comparado com a média de livros lidos por ano por habitante no mundo. Ainda tem a velha questão “santo de casa, no Brasil, não faz milagres”. A probabilidade de um livro estrangeiro fazer sucesso comercialmente é muito maior do que um romance brasileiro, mesmo que seja muito melhor do que o seu concorrente gringo. Uma vez, em um evento social, em conversa descontraída com um conhecido editor, ele me disse que no Brasil , mesmo desconhecido, autor estrangeiro vende. O nacional não. Prova disso é que alguns autores brasileiros usam pseudônimos americanoides. Bom, com esse cenário, talvez se eu, também, fosse editora  me recusaria a investir em autores novos. E, por isso, novos só têm vez se financiarem suas próprias edições ou se tiverem a sorte de encontrar uma editora-parceira. Que foi o meu caso.

Quando recebi o parecer da editora sobre o meu “Nunca Mais”, acompanhado da melhor proposta que havia recebido até então, mal pude acreditar. O milagre aconteceu. Alguém estava abrindo as portas para mim! Ninguém pode imaginar minha alegria. Alegria acompanhada de ansiedade, tensão e muito medo desse passo enorme, rumo a um mundo desconhecido, mas imensamente sonhado por mim. Toda essa euforia durou pouco. A alegria diminuiu muito quando fiz contato com a realidade: a complexidade de se colocar um livro no mercado; o preço alto que se paga para ter seu livro exposto nas livrarias. Enfim, não dispunha de recursos financeiros para bancar o sonho por inteiro e fiquei feliz só com o fato de ter conseguido editá-lo. A família, amigos e a imprensa local me apoiaram. Fiz um belíssimo lançamento na Academia Mineira de Letras.

Até aí foi só emoção! Mas e agora? O que fazer com os exemplares que sobraram do lançamento? Como vendê-los? Aí está o lado que nunca imaginei que um escritor teria que vivenciar. Nas minhas ilusões o escritor era alguém que vivia no mundo das ideias e que não precisava se preocupar com coisas práticas como essas: vender seu livro. Será que terei que ir para os sinais de trânsito, como o Lacarmelio com uma faixa, vendendo suas revistas Celton?  Por enquanto, “Nunca Mais”, editado pela K2 Editora, de São Paulo, terá que ser adquirido diretamente comigo ou em algumas livrarias que consegui colocar em consignação.

Agora, os sonhos são outros: que o “Nunca Mais” se torne, através da propaganda boca a boca, um Best-seller e que o escritor deixe de pagar para fazer cultura neste país. Quem sabe!?

PS.: Se for presentear alguém neste Natal – dê meu livro “Nunca Mais” – tenho recebido retornos excelentes sobre ele.
É só vc me pedir que mando entregar autografado – não é bom?
Vou fazer uma condição especial: compre dois livros e leva três.
Que presente melhor vc poderia comprar por este preço?
O Valor do livro é R$35,00 – nessas condições vc paga apenas R$23,33 cada um.

AJUDE UMA NOVA AUTORA E O BRASIL A DEXAR DE SER UM PAÍS ANALFABETO LITERÁRIO.

Carmelita Chaves
31-3287-3326 – 8728-5735

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2 respostas para Reflexão de uma nova autora

  1. r. chaves disse:

    A Autora precisa conhecer Deus primeiro.
    Leu muita mitologia grega,Harry Potter e seus personagens são toscos.
    Precisa aprender muito…o banco da faculdade,nem a escola da vida foram suficientes para saber que vc é neofita em assuntos do coração e principalmente em romances.Um livro para jogar no monte da Adelaide.

  2. Flávia disse:

    Eu quero o livro… 😀

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